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A Abordagem (Método) Comunicativa de Ensino de Inglês Repensado

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A abordagem (método) comunicativa baseia-se numa idéia muito interessante. Isto é, que comunicar na língua alvo (aquela que se deseja aprender) é o mais importante objetivo a ser alcançado. E para alcançar esse objetivo o melhor é se comunicar. Um ponto forte é que esta abordagem se foca na capacidade do aluno em transmitir as suas idéias na língua alvo, no caso Inglês ou Neerlandês.

A maneira como isso é interpretado e implantado muitas vezes traz, na minha opinião, resultados que decepcionam. Muitas vezes é interpretada como: "Se o professor entende o que o aluno fala, nos temos comunicação. Ótima." Mas quando o professores são da mesma região ou origem do que os alunos, eles estão tão acostumados com os erros tipico da tem facilidade de entender os alunos apesar dos erros por os erros que os estudantes fazem, porque estão acostumados com estes erros, resultantes da interferência da primeira língua (língua materna). Isso reduz a atividade entre professor e aluno a uma imitação de comunicação e o ensino da língua torna-se pouco eficiente. Isso reduz a interação entre professor e aluno a ma imitação de comunicação.

No ínicio da minha carreira como professor de Inglês em Belo Horizonte, vi como isto pode causar problemas. Durante uma aula, perguntei a um dos meus alunos (em Inglês) se poderia trazer o seu livro na próxima aula. A resposta do aluno me parecia algo como: "a wuw" representado mais precisamente em alfabeto fonético internacional (International Phonetic Alphabet; IPA): [ a wəʊ ]. Não tinha a menor idéia do que o aluno quis me responder. Outro aluno me esclareceu que o primeiro quis dizer: "I will." em transcrição fonética: [ aɪ wɪl ]. A fluência no Inglês do aluno no caso não indicava falta de prática ou conhecimento para comunicar em inglês. Aparentemente, seus professores anteriores aceitavam esta pronúncia, que é difícil entender para quem não é acostumada.

Este caso em particular me deu a idéia de sempre simular a ser um usuário comum da língua alvo, fingindo que não entendo os erros típicos da influência da primeira língua.

Para ensinar línguas, apenas imitar comunicação é insuficiente. É preciso usar boas simulações de comunicação na vida real. É necessário que o professor ensine o aluno a se comunicar adequadamente na língua alvo. Para isso, simulações são instrumentos excelentes, com os quais o professor consegue demonstrar como pode ser mal entendido, o que o aluno fala, mostrando reações que podem ocorrer.

Comunicação e Pronúncia

Problemas na comunicação nem sempre são resultados de erros idiomáticos ou de vocabulário. Como mostrado acima, erros de pronúncia também podem causar problemas na comunicação. Um bom exemplo é esta anedota que um aluno me contou como feedback. A ele ensinei a pronúncia inglesa correta para a letra "L" no fim de uma sílaba, e a importância disso. Quando estava fazendo um curso na Suécia, um dia, ele foi para um bar com um amigo, também brasileiro. Quando queriam ir embora, seu amigo pediu à garçonete o que parecia algo como: "Two biws, please." [ tuː bɪʊz ]. Pouquinho depois, a garçonete voltou com duas cervejas: ("Two beers."; [ tuː bɪɚz ]). Isto fez meu aluno lembrar o que lhe ensinei a respeito a pronuncia do "L" e pediu: "Two bills" [ tuː bɪlz ] (duas contas). A garçonete pediu desculpas, levou as cervejas e voltou com as duas contas.

Agora, se eles tivessem usado a expressão padrão: "separate bills" (contas separadas) e apenas pronunciado errado, a chanse da garçonete entender o que queriam dizer seria maior. Errando tanto a pronuncia quanto a expressão idiomática, resultou em um problema na comunicação.

Mostrar o Que Deu Errado

Normalmente não falo com os alunos quais erros fizeram, eu mostro o que deu errado. Reajo de acordo com o que eles falam, não de acordo com o que eles querem falar (mesmo quando sei). O resultado é que o aluno não se sente corrigido, ele fica surpreso por causa do que a minha reação que é diferente do que esperava. O aluno percebe que alguma coisa não deu certo. Aparentemente eu não entendi o que falou. Isso motiva o alono muito mais de ouvir ter cometido um erro.

Aprender uma Língua e Comportamento

Outros aspectos do comportamento do aluno devem ser trabalhados. Não se pode esquecer das diferenças culturais, como padrões de conduta (educação) e outros assuntos relacionados ao comportamento. Uma língua é uma ferramenta de comunicação. A ferramenta de comunicação de um determinado povo e sua cultura particular. Para se comunicar com outras pessoas, falar a língua delas não é suficiente. Para não passar por situações desagradáveis em uma viagem para o exterior, é importante conhecer pelo menos um pouco da cultura e das regras sociais do local em que elas estão.


Detalhes a respeito do alfabeto fonético aqui:
The International Phonetic Alphabet (IPA)

Para ouvir os sons indicados por estes sÍ mbolos, pode ir para estas tabelas do IPA no York University. Clicando numa tabela e depois num símbolo, vai ouvir uma gravação do som indicada por este símbolo.

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